Em pouco mais de um ano e meio a Câmara de Vereadores de Umuarama gastou perto de R$ 150 mil com energia elétrica. Em valores exatos, do ano passado até aqui, R$ 147.515,58 saíram dos cofres públicos para pagar boletos da Copel. Esta informação mostra que, na prática, a temática “economia de dinheiro público” não tem muita importância para os ilustres vereadores. O assunto é sério estimado leitor umuaramense. Envolve o seu dinheiro. Fique aqui – segure este jornal nas mãos – que iremos explicar tudo com detalhes. Esta informação você só lê aqui.
De janeiro a dezembro do ano passado, o “triplex” da Câmara de Umuarama gastou R$ 94.369,93 de energia elétrica. Foram polpudas faturas pagas à Copel. O recorde foi em abril, quando a conta de luz chegou a R$ 11.353,29. Veja:
Janeiro – R$ 8.376,83
Fevereiro – R$ 9.761,48
Março – R$ 8.578,16
Abril – R$ 11.353,29
Maio – R$ 9.196,85
Junho – R$ 6.834,19
Julho – R$ 5.323,51
Agosto – R$ 4.532,74
Setembro – R$ 5.341,50
Outubro – R$ 7.770,64
Novembro – R$ 8.321,49
Dezembro – R$ 8.979,25
Outro detalhe relevante: na eleição do ano passado a conta não diminuiu. Isto significa que o pagador de impostos da Capital da Amizade bancou, por exemplo, o ar-condicionado para que os vereadores pudessem pedir votos com conforto térmico.
De janeiro a julho deste ano, as contas somaram R$ 53.145,65. A fatura mais alta foi em março: R$ 10.598,05. Acompanhe:
Janeiro – R$ 7.646,25
Fevereiro – R$ 9.496,29
Março – R$ 10.598,05
Abril – R$ 10.218,87
Maio – R$ 5.403,62
Junho – R$ 5.794,14
Julho – R$ 3.988,40
Os números estão lançados no portal da transparência (cmu.pr.gov.br), mas as notas (contas) não aparecem. Não foram digitalizadas até agora. E estão velados os kWh consumidos em cada mês.
A inércia de Clebão e Sanepar
Em 2023 e 2024 o presidente da Câmara foi Cleber Marcos Nogueira, o Clebão dos Pneus. O progressista (PP) foi reeleito ano passado com 1.632 votos. O vereador do centrão é o “rei das diárias” do primeiro semestre deste ano. Embolsou R$ 16.351,69 para viajar. Clique jornalcoluna.com.br e leia nos arquivos reportagem especial publicada dia 25 de julho.
Neste ano e ano que vem quem “manda” na Câmara – pelo menos no papel – é Luiz Antonio Caviquiolli, o Luiz da Sanepar, outro progressista com comportamentos de centrão. Sanepar está no primeiro mandato de vereador. Obteve 1.531 votos e ficou com a segunda vaga do PP.
A inércia, isto é, a letargia de Clebão e Sanepar em buscar soluções para reduzir o imenso custo da conta de luz do prédio da Câmara está de fato comprovada. Com as rédeas da presidência da Câmara, a caneta e um bom orçamento em mãos, os dois políticos poderiam, pelo menos, ter apresentado indicação para, por exemplo, fazer estudo técnico e orçamentário, visando a instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica – placas solares – no prédio do Poder Legislativo.
Todos os vereadores sabem – é capaz que a maioria tem energia solar em casa – que investir em projetos de energia renovável é levar economia e sustentabilidade à gestão pública.
Em minuciosa busca por indicações, requerimentos e licitações que podem ter sido feitas nos últimos meses, não encontramos matéria neste sentido no site da Câmara.
Os valores das contas de água e esgoto também chamam atenção. Em 2024 a Câmara pagou R$ 21.875,09 à Sanepar. A conta mais alta foi em junho: R$ 2.876,54. E de janeiro a julho deste ano as faturas já somam R$ 18.373,37. A maior em junho: R$ 2.949,83.
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Matéria publicada no jornal impresso de 22 de agosto de 2025.
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